quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MORTE POR USO DE ANABOLIZANTES - 3º CASO

Reportagem do Jornal Hoje :

Adolescente morre após suspeita de uso de anabolizantes no interior de SP

Jovem de 17 anos passou mal durante aula em Araraquara na quinta.
Com ele, foram encontradas vitaminas e receita médica para anabolizantes.
Do Bom Dia São Paulo

imprimir Um jovem de 17 anos morreu na tarde de quinta-feira (17) após passar mal durante uma aula de mecânica no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Araraquara, a 273 km de São Paulo. Dentro da mochila dele foram encontrados remédios e uma receita para anabolizantes.

O jovem foi levado para o hospital por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No caminho, ele teve paradas cardíacas e morreu logo após chegar ao hospital.

O pai dele disse à polícia que o jovem não ia à aula desde segunda-feira (12) porque sentia fortes dores no peito. Na mochila do adolescente foram encontradas cartelas de complexos vitamínicos, uma seringa, luvas cirúrgicas descartáveis e duas receitas médicas – uma de um remédio para reposição hormonal e outra para anabolizantes.

A polícia acredita que as receitas eram falsas. O médico que tem o nome no documento registrou recentemente um boletim de ocorrência recentemente relatando que seu nome era usado em receitas e atestados falsificadas.

As receitas e os medicamentos foram encaminhados para a perícia. A Polícia Civil vai investigar o caso. “A partir do momento que nós recebermos os laudos é que nós vamos poder saber se ele morreu em decorrência de algum medicamento ou excesso de algum medicamento ou se ele já apresentava esse problema de saúde que ocasionou a morte dele”, explicou a delegada Meirele Rodrigues

MORTE POR USO DE ANABOLIZANTES - 2º CASO

A família da adolescente Jenyfer Sthefane, de 16 anos, suspeita de que a morte dela tenha sido provocada pelo uso de anabolizantes. A garota morreu em Osasco, na Grande São Paulo, antes de retocar uma tatuagem, na terça-feira (24). O boletim de ocorrência feito na polícia informa que a morte ocorreu na sexta-feira (27) e que a vítima teve parada cardiorrespiratória após tomar anestesia. O tatuador Fernando Paulo Corrêa, 34, nega.

Primo de Jenyfer, o professor Raimundo Dias da Silva, de 49 anos, afirmou que a adolescente recorria aos anabolizantes “para ficar bonita”. “Só que ela começou a exagerar na dose. O corpo dela já era lindo. Não precisava de bomba e foi isso que a matou”, contou ele, neste domingo (29).

Para ele, "só o laudo da autópsia" vai confirmar se a jovem morreu por conta das bombas. A mãe da jovem, a bartender Andrenes Augusta da Silva, confirmou a versão do parente. “Eu sabia que ela tomava anabolizantes porque ela própria me contou”. A adolescente ficou no Hospital Municipal Antônio Giglio.

O enterro de Jenyfer está marcado para a manhã desta segunda-feira (30), em Praia Grande, no Litoral Sul de São Paulo, onde ela morava com a avó. A família autorizou a doação de órgãos. Segundo Silva, os médicos retiraram os rins e as córneas da paciente. O primo de Jenyfer revelou que ela conseguia os anabolizantes na academia que freqüentava na cidade litorânea.

O caso

Jenyfer foi internada na terça, mesmo dia em que procurou em Osasco o amigo e tatuador Fernando Paulo Corrêa para terminar o desenho de um dragão que ele tinha começado. O rapaz disse que a jovem começou a passar mal no estúdio antes mesmo de ser atendida. “Ela estava indo muito ao banheiro e, em uma das vezes que voltou, estava pálida. Quando ia falar, caiu no chão e começou a tremer. Gritei e chamei o Samu”, disse. “Ela se queixava de dor na barriga, estava inchada”, completou.

O tatuador negou que tenha encostado na menina e aplicado anestesia. “Não precisa usar anestesia para fazer tatuagem. Eu nem sei usar isso, sou um leigo. A gente só limpa a pele, usa agulhas descartáveis e passa uma pomada que alivia (a dor)”, explicou.